domingo, maio 07, 2006

17/04/06




Do silêncio a morte fez-se leito,
Subo aos horizontes e me perco;
Sem mais beber de doces fontes
Vaga em devaneios o meu peito.

Do significar de minhas angústias
Ao limiar de tristes esperanças;
Cego à melodia das crianças
Ou na noite escura a dardejar;
Servo das sereias ao cantar
Eternas pelo mar sua formosura.

Senhor, se à teu filho amas,
Parte já ao fim, esquece o meio,
Dá-me de uma vez a tua promessa
Do eterno descansar ao qual anseio.