domingo, abril 09, 2006

Vida em Soneto

Não sou eu espírito de poesia...
Não sou nada senão o próprio nada,
Tateando minha vida desalmada
Desconstruo-me a cada alegria.

Ser projeto de outro ser,
Desatino de outras mil vivências,
No mesclar de vãs experiências
Ser poemas, melodias, ser prazer.

Eis as contradições de minha essência:
Ora busca sentimentos e sentidos,
Ora perde-se em vazio e inexistência.

Porém, o silêncio muito me ensina,
Nos momentos em que tudo é alma, é vida,
Quando o amor se faz perpétuo e domina...