sábado, janeiro 21, 2006

Lembrar. Perder.


Deleito-me em tua face
relembrando os bons momentos:
de vagar no infinito, simples / mente
ao amar.

Sinto;
Depressivamente o tempo se vai;
quando escorre entre os dedos
a vida destinada à ti;
talvez sem mais esperanças,
revivendo nas lembranças
dos teus olhos que perdi.

As mãos que calavam meus medos
num divino acalanto,
hoje enxugam as lágrimas
despejadas pelo canto,
desta surda melodia
orquestrada em desalento;
desta curta travessia
entre o amor e o sofrimento.


09/02/2005