Algo, logo...
Jogaram-me bruscamente à
Vida;
Pré-concebida vida de/mente.
Queimaram-se em novas
Feridas;
As dores vi/vidas anteriormente.
Amores e outros fathos
Nocivos,
Derramam-me no copo vazio.
Sou líquido, lama, lamento
– no chão que me atiram, enfrento –
Os cacos que o peito feriu.
Bebo do cálice;
Calo-me.
Desce ao âmago:
Amo-te.
Cresce isolado meu sonho.
Tu que em tamanho não mostras
O quanto de ti me abocanha;
Boca pequena, cigana
Dissimuladamente me engana
Em frente às verdades já postas.
Mas só, me encontro perdido.
(perdido me vejo mais só)
Travando em minha garganta este laço,
Confirmo que o amor é nocivo.
E deste veneno sou vício;
Disso,
Escravo me faço.
Nesta amálgama absurda
De horas e horas perdidas,
Tento fazer poesia.
Juntar os pedaços,
Perder-me em teus braços
Para enfim encontrar alegria.
Daniel Lordelo
10/10/05
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