MINHA POESIA
Minha poesia não começa,
Não tem meio nem enredo;
Não tem mágica nem credo,
Nem tem medo.
Minha poesia nasce por si mesma,
Não tem sexo,
Não tem nexo
Nem fronteiras.
Minha poesia é vira-lata,
É vaga-lume,
É a dor impune
E o amor que mata.
Minha poesia não morre.
[...]
É um casal parado no tempo.
É o tempo que odeia os casais.
É o quarteto de versos banais
Que o poeta semeia no vento.
Minha poesia não tem dono,
Minha poesia não tem sono
Nem cansaços.
É ela quem faz a mim...
E pela estrada, minha graça,
meu fim,
Partilhamos idênticos passos.
D. Lordelo
1 Comments:
Gostei! Legal mesmo.
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