sábado, maio 26, 2007

MINHA POESIA

Minha poesia não começa,

Não tem meio nem enredo;

Não tem mágica nem credo,

Nem tem medo.

Minha poesia nasce por si mesma,

Não tem sexo,

Não tem nexo

Nem fronteiras.

Minha poesia é vira-lata,

É vaga-lume,

É a dor impune

E o amor que mata.

Minha poesia não morre.

[...]

É um casal parado no tempo.

É o tempo que odeia os casais.

É o quarteto de versos banais

Que o poeta semeia no vento.

Minha poesia não tem dono,

Minha poesia não tem sono

Nem cansaços.

É ela quem faz a mim...

E pela estrada, minha graça,

meu fim,

Partilhamos idênticos passos.

D. Lordelo

1 Comments:

Blogger DOIS MAIS UM said...

Gostei! Legal mesmo.

2:24 PM  

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