Amálgama
Uma parte de mim quer,
outra parte condena;
uma pede teu olhar
e chora a carência,
outra parte delira
à bruma de esperanças.
Uma parte manda, desmanda
e mente;
outra parte obedece, e chora,
e sente
que no lado escuro da Lua,
onde vaga um mistério (sem fim),
hoje dorme a outra parte das partes
de mim.
Contradizo-me,
confundo-me,
confesso...
...Pois quando vem a Dama Branca,
nasce a escuridão, e recolho-me
num canto; apenas sinto,
e escrevo,
não penso.
Não penso, pois o amor
não pensa,
e se pensasse não seria amor.
Não penso, pois quando voas
não cruzas meu caminho,
e quando procura-me,
foge a vista,
e não lê meus olhos,
não lê o que sinto.
E em mim, incerto,
o mundo é um desatino,
um labirinto,
e não carrego nada, só a cruz,
nem a sorte, pois a sorte vem aos fracos,
e sou forte,
pois amo.
Daniel Lordelo
03/05/05
outra parte condena;
uma pede teu olhar
e chora a carência,
outra parte delira
à bruma de esperanças.
Uma parte manda, desmanda
e mente;
outra parte obedece, e chora,
e sente
que no lado escuro da Lua,
onde vaga um mistério (sem fim),
hoje dorme a outra parte das partes
de mim.
Contradizo-me,
confundo-me,
confesso...
...Pois quando vem a Dama Branca,
nasce a escuridão, e recolho-me
num canto; apenas sinto,
e escrevo,
não penso.
Não penso, pois o amor
não pensa,
e se pensasse não seria amor.
Não penso, pois quando voas
não cruzas meu caminho,
e quando procura-me,
foge a vista,
e não lê meus olhos,
não lê o que sinto.
E em mim, incerto,
o mundo é um desatino,
um labirinto,
e não carrego nada, só a cruz,
nem a sorte, pois a sorte vem aos fracos,
e sou forte,
pois amo.
Daniel Lordelo
03/05/05
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home