domingo, julho 09, 2006

O "Pois" do "Por que"

Falta-me tempo pra pensar no que fazer em todo este tempo sem fazer nada.
Só me resta novamente escrever outras linhas sem sentido...
...A caneta sobre a folha branca é como os dedos de um pianista sobre as teclas do piano: nunca ficam parados, sempre encontram um modo de satisfazer seu dono. Pena que às vezes, quando não se é um escritor, ou um grande pianista, as idéias e as notas chegam ao fim, em poucos momentos tomam vida própria - bordando os papéis e as teclas como algo tão natural, como se fosse ensaiado durante toda uma vida. Comigo pelo menos é assim; tenho pouca inspiração, e esta se esgota rapidamente.
Minhas melhores linhas surgem quando não pretendo escreve-las, quando não tenho papéis e caneta à mão ou quando tento passar o tempo lançando besteiras no papel. Depois percebo que tais besteiras se tornaram boas palavras, dignas de serem lidas ao menos uma vez, por prazer, por educação ou por pena.
As respostas, por natureza, nunca vêm facilitadas. Elas lutam contra tudo e todos para se manterem difíceis, mais misteriosas do que as próprias perguntas. E não precisam ser grandes perguntas as detentoras de grandes respostas. As mais simples são geralmente as mais difíceis de serem respondidas. Experimente um “Por que?” ao final de cada resposta e verás que em um dado momento irá deparar-se com um grande labirinto. Tudo por causa de um “Por que?”. Pois o “Por que?” , amigos, pode não parecer, mais é a maior de todas as perguntas!